sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A morte do PMDB suzanense


Esta é mais uma daquelas histórias que têm se repetido com exasperante frequência: a tomada do diretório municipal de um partido político por meio não ortodoxos, por cima, quase na mão grande. O PMDB de Suzano mudou de mãos. Assume seu controle agora um polĩtico inexpressivo, notório caudatário do coronel local, que mal consegue esconder suas digitais na mais nova patifaria política no Alto Tietê Cabeceiras.

Em jogo, claro, as eleições municipais de 2012. Imaginam, os espertos de hoje, com a cumplicidade indisfarçada de seu presidente estadual, que isso os levará de volta ao poder depois de terem sido enxotados em 2004, fragorosamente confirmado em 2008. Por quase 30 anos a prepotência temperada pela tacanhice e a mediocridade deram as cartas na cidade. O coronel, aliado fiel da Ditadura e cúmplice dos nefastos anos demotucanos em SP, quer voltar, com o jogo sujo de sempre. Mas os tempos são outros, o país mudou.

O PadariaPost  traz aqui o testemunho do secretário dos Negócios Jurídicos da prefeitura de Suzano. É um texto duro, de quem sabe e conhece bem o jogo pesado e as manobras subterrâneas que resultaram na tomada do PMDB local. Numa região dominada pelo conservadorismo político, Suzano constitui-se, hoje, na referência de administração voltada para todos. Os defenestrados de ontem querem voltar, mas deixaram o rabo de fora: ao se apoderarem do PMDB local não o fizeram pela porta da frente: pularam a janela.


Marco Tanoeiro

O PMDB em Suzano está morto! Definitivamente! Deixa de fazer parte da história da cidade para se transformar em mais um defunto insepulto a assombrar a política local.

Começou sua derrocada fatal ao destituir de seus cargos os membros do diretório local, legitimamente eleitos para comandar o partido, entregando a legenda a aventureiros há anos distantes do partido, que passaram a empregar um estilo mambembe aos trabalhos.

O golpe de misericórdia se deu esta semana com a perda de um de seus mais importantes membros, o ex-vereador e atual vice-prefeito e secretário de governo de Suzano, Walter Roberto Bio.

Walter Bio estava no partido há 20 anos. Nunca esteve em outro. Foi por três vezes vereador na cidade, tendo também exercido a função de presidente do legislativo local. Presidiu o PMDB em Suzano por oito anos, seis deles de forma ininterrupta. Em 2008 elegeu-se vice-prefeito em um processo eleitoral ímpar, que impingiu uma derrota acachapante a um até então imbatível adversário.

Mas isso tudo é passado. Walter Bio não é mais do PMDB. Talvez nunca mais seja. Isso porque os aventureiros que tomaram de assalto o partido, entrando pela janela, decidiram que a legenda agora será oposição à atual administração. Agora, depois de quase três anos de mandato resolveram que não concordam com as políticas adotadas pela atual administração. Agora, que o Executivo local repete a mesma dobradinha do Executivo Federal (PT/PMDB). Agora, que um outro ex-prefeito resolveu abandonar o conforto de sua insignificância pública para lançar-se candidato a vice-prefeito, pegando carona no compartimento de cargas do trem da política local.

O PMDB de Suzano não é mais um partido sério. Por isso não tem mais Walter Bio em seus quadros.

Separadas as hordas das reais estirpes políticas, temos a certeza que Walter Bio seguirá em sua brilhante e vitoriosa carreira de homem público.

Quanto ao PMDB local, está a espera de sua derradeira pá de cal.


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